Slobodan Praljak, 72 anos, morreu depois de tomar veneno na sala de audiência do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia, em Haia. Ex-responsável das forças croatas da Bósnia, ele chegou a ser socorrido para um hospital, mas não resistiu e morreu.
Praljak afirmou que rejeitava a condenação de 20 anos e depois, diante das câmeras, ingeriu o conteúdo de um frasco que tirou do bolso. O advogado afirmou que assim que se soube que o frasco continha veneno a audiência foi suspensa. O juiz determinou que o copo usado fosse guardado para análise.
Praljak foi um dos seis líderes bósnio-croatas, entre políticos e militares, a responder perante o Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia, em Haia, segundo a BBC.
Os bósnios-croatas, junto com os bósnios-sérvios, lutaram contra a população mulçumana do país em uma guerra civil no início dos anos 90, depois que a Iugoslávia foi dissolvida.
Como ex-comandante militar, Praljak foi condenado por não atuar para conter o cerco e a matança de civis e por ordenar a destruição da ponte de Mostar - uma construção histórica - em 1993, causando "danos desproporcionais para a população civil muçulmana", segundo os juízes.
O tribunal estabelecido pela ONU condenou também o general sérvio Ratko Mladic, no último dia 22, por genocídio. A corte, criada em 1993, quando os combates ainda estavam em andamento, deve encerrar seus trabalhos em dezembro. Ela foi responsável por indiciar 161 suspeitos, dos quais 90 foram condenados.
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