O
médico Abib Maldaun Neto, 54, especializado em nutrologia, foi condenado por
violação sexual de uma de suas pacientes. Ele foi condenado a dois anos e oito
meses de prisão pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 29ª Vara Criminal.
O
médico afirma ser inocente e já recorreu da decisão. A paciente, de acordo com
o jornal Folha de S. Paulo, afirma que em junho de 2014, para emagrecer,
procurou o médico. Segundo a acusação, no dia dos fatos, a paciente reclamou
que o tratamento não estava surtindo efeito. Com isso, o médico passou a
questioná-la sobre sua vida sexual, e pediu que ela retirasse a calça e
deitasse na maca, “pois resolveria o seu problema”. A paciente declarou à
Justiça que, achando que tal conduta estava dentro dos padrões médicos, atendeu
à determinação, deitando na maca de camiseta e calcinha.
O
médico teria medido sua pressão e colocado o estetoscópio no seu seio esquerdo,
apalpando-a. Em seguida, teria pedido que retirasse a calcinha. “Mesmo
estranhando, a ofendida, ainda induzida em erro, sem desconfiar que o réu a
estava desde o início a molestando sexualmente, continuou atendendo ao
comando”, diz o juiz em sua sentença. Abib Maldaun Neto, sob o argumento de que
verificava se havia algo errado, introduziu dois dedos na vagina da paciente.
Ao jornal, a paciente contou que o médico massageou seu clitóris, dizendo que
estava “estimulando-o para saber se estava tudo ok”, disse a paciente à
polícia. “Eu queria chorar e sair correndo, mas não consegui”, afirmou. O
médico afirmou que a acusação é fantasiosa. Afirmou que é uma praxe questionar
a atividade sexual dos pacientes e que todo o atendimento é feito na presença
de uma enfermeira. O médico ainda disse que a paciente é “completamente
desequilibrada”.
A
defesa ainda apresentou à Justiça um laudo psicológico em que atesta a
personalidade do médico, como “fora dos padrões de abusadores sexuais”. O juiz
descartou o laudo. Uma testemunha negou que o atendimento era realizado na
presença de auxiliar. O médico responde ainda a uma outra acusação de violação
sexual, feita por uma segunda paciente, no Conselho Regional de Medicina.