O petista também não quis responder se voltará a
visitar Lula em Curitiba, e só mencionou o ex-presidente uma vez, ao longo de
18 minutos de entrevista, ao dizer que mantém uma "longa amizade" com
Ciro Gomes (PDT), "desde o primeiro governo Lula".
Setores do PT defendem que o ex-prefeito de São
Paulo reduza as menções a Lula e passe a conduzir a candidatura, que ele
assumiu em meados de setembro.
Para Haddad, sua ida ao segundo turno, com 29% dos
votos, foi "um feito".
Ele disse que pretende defender um projeto de
"desenvolvimento com inclusão social", e destacou a "defesa do
estado de bem-estar social" como uma das principais diferenças entre a sua
candidatura e a de Jair Bolsonaro (PSL).
"O neoliberalismo que ele [Bolsonaro] propõe
vai agravar a crise; já não deu certo na Argentina e não vai fortalecer o poder
de compra do trabalhador", disse.
Ele ainda criticou a flexibilização do porte de
armas, como propõe Bolsonaro, e disse que a proposta provocaria "mais
mortes e mais lucro para quem produz armas, mas não vai resultar em
segurança".
Por fim, voltou a acenar a candidatos derrotados no
primeiro turno, e citou nominalmente Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB),
Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB), prometendo "conversar com
as forças democráticas do país".
"É assim que se faz democracia; no diálogo,
buscando convergências e consensos", declarou.