A proibição foi relatada pela primeira vez pelo jornal americano Wall Street Journal, dizendo que a China está ordenando que os funcionários das agências do governo central não usem iPhones ou outros telefones de marcas estrangeiras. Nenhuma das fontes ouvidas pelo jornal quis ser identificada. O jornal britânico Financial Times também citou seis pessoas familiarizadas com o assunto em instituições governamentais e empresas estatais, incluindo uma empresa de tecnologia nuclear e um hospital, dizendo que foram instruídas a parar de usar telefones da Apple.
“Pequim está procurando reduzir sua dependência da tecnologia dos EUA, mas isso (a proibição) funciona como um vento contrário significativo para a Apple, já que a China é seu maior mercado internacional e responde por cerca de 20% de suas receitas”, disse Victoria Scholar, chefe de investimentos da interactive investor, uma plataforma de investimentos do Reino Unido.
Quando perguntado sobre a proibição em uma reunião diária em Pequim, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, não comentou diretamente, dizendo apenas que “produtos e serviços de qualquer país são bem-vindos para entrar no mercado chinês, desde que estejam em conformidade com as leis e regulamentações chinesas”.
Clima tenso
As tensões entre os EUA e a China têm aumentado e, no início do mês passado, o presidente Joe Biden assinou uma ordem executiva para impor bloqueios e regulamentações sobre os investimentos em alta tecnologia dos EUA na China, refletindo a intensificação da concorrência entre as duas maiores economias do mundo.
Autoridades da Casa Branca disseram que Biden, que partiu na noite de quinta-feira, 7, para Nova Delhi, usará a cúpula anual do G20 como uma oportunidade para os EUA destacarem uma proposta para países em desenvolvimento e de renda média que aumentaria o poder de empréstimo do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional em cerca de US$ 200 bilhões.
Fonte: Agência Estado