Economistas do mercado financeiro revisaram as expectativas para o crescimento da economia brasileira e da inflação neste ano. Segundo dados do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, ontem, a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 avançou, dos 4,92% observados na semana anterior, para 4,93%.
Enquanto a previsão para a inflação para 2024 subiu de 3,88% para 3,89%, as expectativas para o IPCA de 2025 e 2026 permaneceram em 3,5%. A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e, o superior, 4,75%.
Já a mediana das projeções para a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 avançou de 2,56% para 2,64%; enquanto a projeção para 2024 subiu de 1,32% para 1,47%. A projeção para 2025 também foi elevada de 1,90% para 2,0%; enquanto a de 2026 permaneceu em 2,0%.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic), definida em 13,25% (sem alterações, nesta semana). A estimativa continuou em 11,75% para o final de 2023, enquanto a projeção para 2024 foi mantida em 9% e a de 2025 permaneceu em 8,5%. A de 2026 também ficou nos mesmos 8,5%.
Em relação ao câmbio, as apostas para o dólar em 2023 subiram de R$ 4,98 para R$ 5. A projeção de 2024, subiu de R$ 5 para R$ 5,02 e, para 2025, foi mantida em R$ 5,10. A projeção para 2026 caiu de R$ 5,17 para R$ 5,15.
Deflação
O Boletim Focus divulgado ontem mostrou leve redução da deflação esperada no Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) este ano.
A mediana para o IGP-M em 2023 passou de recuo de 3,56% para queda de 3,54%. Há um mês, a projeção era de deflação de 3,49%. Para 2024, por sua vez, a estimativa continuou em 4,00% pela 12ª semana consecutiva.
Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos valores dos produtos de atacado, como as commodities.
Fonte: Correio Braziliense e agência estado