Exportações baianas têm redução de 22% em março; veja por que
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A queda no volume exportado em 27,2%, principalmente de derivados de petróleo, petroquímicos e minerais, além do número de dias menores devido ao feriado de semana santa, fizeram as exportações recuarem 22% em março no comparativo interanual, alcançando US$ 801,1 milhões. Os preços médios acusaram elevação de 6,9% no mês, puxados por metais preciosos, derivados de cacau e frutas.
As informações são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Os valores menores em março tiveram base alta de comparação (março de 2023 foi o melhor mês em exportações até agosto do ano passado) e podem ter sido influenciados pelo número de dias úteis de março: 23 dias em 2023 contra 20 em 2024.
No setor agropecuário, mesmo com a queda de preços em 1%, o volume embarcado cresceu 6%, fazendo com que as receitas do setor crescessem 5%. Destaque para os aumentos nas vendas de algodão (397,1%) e frutas (63,1%).
Na indústria de transformação, a queda do quantum pesou mais nas exportações. O volume de mercadorias embarcadas recuou 42,4%, embora os preços, ao contrário do agro, registrassem aumento de 13%, o que não evitou a queda nas receitas em 35%.
Já na indústria extrativa, os preços médios foram 17,8% maiores, enquanto nos embarques a redução chegou a 37,2%. Com isso, as receitas do setor caíram 26%, comparadas ao mesmo mês de 2023.
No primeiro trimestre, as exportações baianas permanecem estáveis, com US$ 2,55 bilhões contra US$ 2,56 bilhões em igual período do ano anterior (queda de 0,3%).
“Para os próximos meses, a expectativa é de um período sazonal mais positivo da agricultura, que ainda será alcançado nos meses do meio do ano, assim como tende a melhorar a rentabilidade das exportações, com a desvalorização recente do real frente ao dólar. Por outro lado, é importante também acompanhar o movimento de preço das commodities. De um lado temos soja, milho e café com preços declinantes. Do outro, petróleo subindo acima dos US$ 90 o barril, mas com queda nos embarques de derivados. A dúvida é qual vetor de forças irá prevalecer”, analisa o coordenador de Acompanhamento Conjuntural da SEI, Arthur Souza Cruz.
Fonte: Bnews
Foto: Divulgação / Pixabay