Além de Vitória da Conquista, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em Salvador, com apreensão de R$ 123 mil em espécie, além de valores em moeda estrangeira [euro e dólar] e carros de luxo.
As ações na capital baiana ocorreram na sede da empresa acusada de participar de um esquema de compras de testes para Covid-19 em conluio com a secretaria de saúde à época. Outros mandados foram cumpridos em Belo Horizonte e Nova Lima, ambas em Minas Gerais.
As informações foram detalhadas pelo delegado federal Rodrigo Kolbe. Segundo o delegado, as investigações começaram após publicação da denúncia em um site local e consequente ordem da Procuradoria da prefeitura, à época sob gestão do prefeito Herzem Gusmão (MDB), para que se investigasse o caso.
Kolbe disse ainda que a secretaria de saúde tinha autonomia financeira e administrativa, o que permitiu que os investigados se ocupassem dos procedimentos de compra. Por meio de dispensa de licitações, os contratos eram feitos por cotações que eram direcionadas a uma empresa de Belo Horizonte. Esta companhia tinha como sócia uma pessoa ligada à então Diretora de Vigilância em Saúde municipal. A secretaria de saúde à época também foi alvo da operação. Os nomes das duas não foram informados.
“A secretaria de saúde funcionava de modo autônomo, como se fosse outra prefeitura. Ela não depende da prefeitura para nada. Tem o seu orçamento próprio, com CNPJ próprio”, disse o delegado.
A estimativa da PF é que pelo menos R$ 677 mil foram superfaturados nas aquisições de testes de detecção de antígenos do SARS-CoV-2 pelos métodos de fluorescência e imunocromatografia. Até o momento não houve prisões dos investigados.
O nome Dropout faz alusão a uma série que conta a história de uma empresa que conseguiu enganar investidores, prometendo um revolucionário método de testes com sangue.
Fonte: Bahia Notícias
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