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Eduardo Leite diz que 'estudos alertaram' sobre enchentes, mas 'governo vive outras agendas'

 

governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), reconheceu que havia estudos prévios às enchentes que apontavam a possibilidade de haver uma elevação no nível das chuvas capaz de provocar uma tragédia no estado.

Apesar disso, ele afirma que não designou mais esforços para tratar do tema porque o governo também tinha “outras agendas”.

“Os estudos de alguma forma alertam, mas o governo também vive outras pautas e agendas. A gente entrou aqui no governo e o estado estava sem conseguir pagar salário, sem conseguir pagar hospitais, sem conseguir pagar os municípios. A agenda que se impunha ao estado era aquela especialmente vinculada ao restabelecimento da capacidade fiscal do estado para poder trabalhar nas pautas básicas de prestação de serviços à sociedade gaúcha. Cumprimos essa tarefa, porque agora estamos diante dessa crise enorme com capacidade fiscal para enfrentá-la”, declarou Leite, em entrevista à Folha.

O governador também comentou sobre a escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de nomear Paulo Pimenta (PT), para o comando do Ministério de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. Leite diz que todo apoio é bem-vindo, mas que o governo estadual é o protagonista nesta situação.

“Naturalmente, o governo do estado tem um protagonismo que não é por vaidade ou interesse pessoal do governador, é pelo que o voto popular conferiu [...] Então, o que o ministério que o presidente Lula criou tem no nome, e entendo deva ser o que orienta a sua ação: é uma secretaria extraordinária para apoio à reconstrução. Todo apoio é bem-vindo. O apoio do setor privado, o apoio dos voluntários, o apoio das doações, o apoio da sociedade civil de diversas formas, o apoio do governo federal é bastante importante nesse processo”, disse ele.

Leite ainda afirmou que tem dialogado com Pimenta. “Fizemos, inclusive, na sexta-feira (17), uma reunião conjunta com os prefeitos da região metropolitana porque a gente vai ter que trabalhar sobre as várias etapas que essa crise tem. A primeira delas é a preocupação com a questão da drenagem, inclusive, faço um registro: todos os governos estaduais estão ajudando a gente aqui.”

Fonte: Bnews
Foto: Mauro Nascimento/Secom

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