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IBGE reduz projeção para safra e fala em problemas climáticos mais graves do que os imaginados

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) reduziu em junho sua projeção mensal para a safra agrícola em 2024 citando problemas climáticos mais graves do que os imaginados anteriormente.

Conforme a estimativa do órgão, divulgada nesta quinta-feira (11), a produção nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve alcançar 295,9 milhões de toneladas neste ano. Entram nessa conta grãos como soja, milho, arroz e feijão.

A estimativa relativa a junho é 0,3% inferior à previsão de maio para 2024 (296,8 milhões de toneladas). A redução foi de 940,3 mil toneladas.

Se confirmada, a nova estimativa (295,9 milhões de toneladas) será 6,2% menor do que o resultado obtido em 2023 (315,4 milhões de toneladas). A baixa esperada é de 19,5 milhões de toneladas.

Em nota, o gerente de agricultura do IBGE, Carlos Alfredo Guedes, disse que a safra teve “vários problemas” desde o início da implantação, incluindo altas temperaturas e falta de chuvas no verão, com necessidade de replantio em algumas áreas.

Outro fator citado pelo técnico é o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, que devastaram plantações de diferentes culturas no final de abril e em maio. “E agora com a colheita do milho de segunda safra, temos constatado que esses problemas foram mais graves que imaginávamos”, afirmou Guedes.

“Os estados que sofreram as maiores reavaliações foram Minas Gerais, com uma queda de quase 900 mil toneladas, além de Paraná e Bahia. Em contrapartida, houve crescimento na estimativa da produção do arroz em Tocantins.”

Os dados divulgados nesta quinta integram o LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola). Segundo o IBGE, a pesquisa ainda não refletiu totalmente as perdas esperadas com as enchentes no Rio Grande do Sul. O instituto disse que intensificou os esforços para levantar os impactos.

Além da crise sentida pelos produtores gaúchos, o gerente do LSPA, Carlos Barradas, também mencionou problemas de seca no bioma Cerrado, especialmente em Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul.


Fonte: Bahia Notícias 
Foto: Wenderson Araujo/Trilux / Agência Brasil

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