Mulheres terão mais direitos com a nova lei contra o assédio e imagens
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Em uma medida considerada inovadora, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que determina o uso de tecnologia para o acionamento emergencial de um número específico para denúncias de violência contra a mulher. Este projeto de lei surge em resposta à necessidade crescente de mecanismos eficazes para proteger mulheres em situações de perigo.
A proposta não se limita apenas ao acionamento de emergência, mas também prevê penalidades para a captura não consentida de imagens íntimas. É uma tentativa de se adaptar às mudanças tecnológicas e sociais, reforçando a importância do consentimento nas interações diárias.
Qual é a penalidade para captura não consentida de imagens?
O núcleo da proposta inclui uma penalidade específica para quem realizar a captura de fotografias ou vídeos de partes íntimas sem consentimento. Essa prática, chamada de upskirting, possui pena equivalente à destinada à publicação de cenas de nudez ou atos sexuais sem autorização: detenção de seis meses a um ano e multa.
A criminalização dessa prática reflete um avanço nas leis de proteção à privacidade, buscando oferecer uma resposta às violações. O objetivo é desestimular essas ações invasivas que, além de ilegais, representam uma forma de violência psicológica.
Desafios da definição de “imagem sensual ou libidinosa”
Embora o texto do projeto de lei seja claro em seu objetivo de proteger as mulheres, ele suscita debates em relação ao que pode ser considerado como “imagem sensual ou libidinosa”. A interpretação destes termos pode variar, criando assim, potenciais lacunas na aplicação da lei. Questões como o contexto em que as imagens são capturadas e a intenção por trás da captura foram destacadas pelo deputado Delegado da Cunha.
Enfrentar essas ambiguidades é crucial para garantir que a lei seja aplicada de maneira justa e eficaz, sem margem para explorações legais que possam desfavorecer as vítimas.
Como a Lei Carolina Dieckmann se relaciona com esta nova proposta?
A nova proposta visa fortalecer e ajustar as proteções já existentes, como aquelas definidas pela Lei Carolina Dieckman. Ao introduzir medidas específicas para práticas contemporâneas de invasão de privacidade, essa proposta adiciona novas camadas de proteção no Código Penal. Essa iniciativa é vista como parte de uma luta contínua para enfrentar a violência dissimulada que afeta milhares de mulheres.
O aprimoramento das medidas legislativas visa assegurar que as leis permaneçam atualizadas e eficazes, promovendo questionamentos contínuos sobre sua eficácia prática.
O que acontece agora com o projeto de lei?
Após a aprovação na Câmara dos Deputados, o projeto aguarda análise pelo Senado. A expectativa gira em torno de um debate sobre como esses novos dispositivos legais serão integrados e implementados para maximizar sua eficiência. Se aprovado pelo Senado, o projeto poderá representar um marco significativo na luta contra a violência de gênero no Brasil.
Este projeto destaca a urgência em se adaptar a novas realidades e desafios, garantindo que a legislação acompanhe a evolução tecnológica e social, oferecendo proteção e recursos eficazes para as mulheres.
Por Terra Brasil